sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Ser Professor Marista!

Educar. Segundo o dicionário: cultivar o espírito; instruir, ensinar; domesticar, amestrar. Com tão ampla significação, qual será hoje a verdadeira tarefa de educar?
Sabemos que ao lidar com crianças e jovens oriundos de famílias com os mais distintos valores e formas de ver a vida, é preciso estar dispostos a enfrentar problemas, questionamentos e, principalmente, abertos a mudanças constantes. Acreditamos que o educador marista, deve primar pelo cultivo do espírito, pois é assim que vamos conseguir transformar uma sociedade que está à beira do caos e clama por novos rumos.
A permanente busca pelo aperfeiçoamento é tarefa primeira do verdadeiro educador. desacomodarmo-nos, mexer-nos, questionar-nos dá muito trabalho, sem dúvida. No entanto, proporciona uma agradável sensação de bem-estar e satisfação perante a vida. Certamente, o bom professor precisa, também, instruir e ensinar, como define o conceito. Entretanto, esses verbos não podem mais ser vistos como antigamente e protagonizarem as ações na sala de aula. Há que instruir e ensinar, sim. Mas sempre pensando na formação do caráter, na valorização da vida, na expressão da verdade. Crianças e jovens educados assim, tornar-se-ão cidadãos capazes de interagir sabiamente na sociedade; estarão aptos a enfrentar situações adversas e discernir o caminho do bem e do mal.
É com certeza que afirmamos sobre a importância do educador que sabe ouvir; que mesmo lidando com adolescentes por vezes atrevidos, desmotivados ou sem rumo, oferece seu colo, seu ombro amigo. A presença e a voz do professor são, muitas vezes, as principais ou, quem sabe, as únicas referências do educando. Cremos que nenhum professor perde seu "posto", deixa de ser/ter autoridade por mostrar-se humano e sensível. Quantos de nossos pupilos convivem mais tempo conosco do que com suas famílias. É esta a hora de fazer a diferença, de ser diferente - SER MARISTA. Talvez o resultado não seja imediato, mas, certamente, um belo dia alguém irá nos olhar e saber quem fomos e porquê.
Deixamos para trás a domesticação e o adestramento. Como no dicionário, são as últimas definições do que é educar. Últimas no mais amplo sentido, aqui também. Lidamos com pessoas e não com bichinhos de estimação.
Fica, então, a reflexão a todos nós educadores maristas. O que queremos ser e quem queremos formar?

Renata Xavier - Marista São Francisco do Rio Grande