quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Mediadores da felicidade

Se a escola é um tempo de felicidade, o educador é o mediador. Aquele que conduz às descobertas da aprendizagem, à construção de um caminho que leve à realização. A partir dessa perspectiva, pode-se dizer que a felicidade é a finalidade da missão educativa e está presente em cada pequena ação ou pensamento que levam a criança e o jovem a traçar seu projeto de vida.

Educador que media a felicidade é aquele que indica os caminhos ou sussurra as possibilidades para que o aluno alcance o ser, desenvolva o que é, a base do que será. Como aparece nas palavras de Champagnat em carta ao Irmão Barthélemy, em janeiro de 1831, toda a vida deles será o eco daquilo que o educador lhe tiver ensinado.
No livro O educador Marista – sua identidade, seu estilo educativo, de autoria dos espanhois Joseph Mª E. Pujol, Juan J. M. Barrio e Lluís S. Llansana (Edipucrs, 2008), encontramos que a finalidade educativa é “chegar a ser o que somos” ideal que, segundo os autores, antes mesmo de aparecer em Nietzsche, já se ouvia em Píndaro, um dos mais importantes poetas do século V a.C., em sua frase “Homem, torna-te no que és" .
No tempo da escola, não só o estudante constrói seu ser. Também o educador se desenvolve como pessoa na relação de troca, de diálogo, de partilha com os alunos e seus pares. Também ele experiencia a busca da felicidade ao fazer da missão de educar o seu projeto de vida. E o que, então, significa para eles ser feliz? Assim como entre os estudantes, a interrogação esteve presente entre os educadores na dinâmica que marcou o lançamento da Campanha.
Em cada expressão, palavra ou frase ficam clarom o comprometimento e os traços do jeito marista de educar. O afeto, a presença, o amor ao trabalho traduzem-se nas respostas que os educadores deram à questão central: “o que te faz feliz como educador marista?”. Construir, conquistar, conviver, compromisso. “Promover o encantamento”, despertar no estudante a magia do aprender e “fazer a diferença” em sua vida, em sua trajetória. “Redescobrir” o sentido de educar a cada novo amanhecer, e inspirar-se a fazer “o novo, a cada dia”. Inspiração que emana do sopro de vida, ao “ver o sorriso de uma criança” ou “do aluno” e estabelecer com ele uma relação recursiva feita “dar e receber amor e conhecimento”.
Trecho da reportagem central da última edição da revista Marista Sul. Leia na íntegra.

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